Você compreendeu errado e não consegue distinguir entre um pensamento ou a formulação para construção de algo que é uma ideia, e da construção de fato, o trabalho de construir. Se eu tiver uma ideia de ecommerce no Nostr, eu posso implementar essa ideia, e então essa implementação é minha, o software implementado é meu, mas a ideia de fazer eccomerce no Nostr não. Na minhas visão você pode implementar um ecommerce igualzinho ao meu mas não roubar o código que trabalhei para implementar é OK, zero problemas. Mas acessar de alguma forma a minha máquina e copiar a minha implementação para um pendrive sem a minha permissão é imoral. Por isso mensionei que é parecido e também envolve privacidade, você não é dono de uma ideia, no sentido de que não pode impedir que ninguém a implemente ou que ninguém cheguei a mesma conclusão, mas ninguém pode invadir a sua privacidade e copiar seu trabalho ou seu pensamento sobre quaisquer coisa.
Invasão digital por hackeamento já é mais algo que eu desconheço as implicações éticas, pois não é como se você fisicamente tivesse invadido... Se for crime, então quem hackeia empresas para disponibilizar arquivos sensíveis ou conteúdos privados seria criminoso, não?
E é criminoso mesmo, é a mesma coisa da privacidade. Se alguém invadir seu whatsapp, e ver todas as suas mensagens com sua mulher e tudo mais, de formas diferentes isso é imoral. Se você trabalhou, gastou tempo e dinheiro, implementando um software que não quer mostrar a ninguém, e invadirem seu computador e roubarem sua implementação é imoral.. É assim que vejo a coisa toda.
Se hackear conteúdo de empresas e disponibilizar é crime, então quem usufrui do conteúdo antes invadido seria receptador, assim como quem ou obtem produtos roubados... Já pensou nisso?
Imagino que não se aplica, o crime de receptação do ponto de vista libertário não existe. Existe apenas o crime de furto ou roubo, esse produto depois de roubado pode ser comprado por outro que nem imagina a origem. Do ponto de vista do PNA, para receptação ser crime o comprador do produto roubado tem que ter lesado a pessoa que foi roubada, ou seja, ser o mandante, e isso é denominado como outro crime ou cumplicidade.
O crime de receptação é válido para a Ética libertária, mas você só tem culpa legal se souber ou implicitamente entender que o item é roubado, pois dessa forma você está sendo co-partícipe do crime original. Mas obviamente essa é uma área legal sempre muito nebulosa, pois é geralmente difícil apontar objetivamente as intenções...
*que o item é roubado ou obtido ilegalmente