MoedasBrasil tem a 5ª moeda mais desvalorizada do mundo
Valorização do dólar frente ao real continua a impactar a economia brasileira, com reflexos nos índices de inflação e no mercado de capitais.
Publicado em 29/10/2024
No início de agosto, o dólar chegou a ser cotado a R$ 5,71, acumulando assim uma valorização anual de 18,49% em 2024. Essa alta significativa elevou o dólar ao seu maior patamar desde dezembro de 2021. A moeda brasileira, por sua vez, experimentou o pior desempenho do ano até agora.
O avanço do dólar teve início em janeiro de 2024, quando as expectativas de corte de juros nos Estados Unidos foram frustradas.
Além disso, preocupações domésticas surgiram, agravadas pelas mudanças nas metas fiscais do governo brasileiro, o que aumentou a percepção de risco no mercado.
A situação fiscal do Brasil, juntamente com as tensões geopolíticas e a política monetária global, contribuiu para tal desvalorização.
A manutenção da taxa Selic pelo Banco Central em 10,5% reflete também as incertezas que permeiam o cenário econômico atual.
Contexto doméstico
Em abril, as contas públicas brasileiras começaram a preocupar o mercado, com rumores de mudanças na meta fiscal para 2025.
O anúncio oficial das alterações em 15 de abril, de superávit para déficit zero, reforçou essa percepção negativa. Nos meses seguintes, a ausência de responsabilidade fiscal do governo intensificou tal cenário.
O congelamento de gastos de R$ 15 bilhões em julho, proposto pelo ministro Fernando Haddad, tentou reverter a situação, mas teve pouco efeito sobre o câmbio.
Impactos na economia
A desvalorização do real tem efeitos diretos na inflação, como explica o economista André Braz. O aumento nas exportações e nas importações de produtos mais caros resulta em preços inflacionados para o consumidor final.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) já reflete esse impacto cambial. Os reajustes de preços pela Petrobras desde a posse de Magda Chambriard também contribuem para a alta nos combustíveis e na energia, visíveis no IPCA-15.
Atualmente, o Brasil tem a quinta moeda mais desvalorizada de 2024 no mundo, ficando atrás apenas de:
Nigéria: 42,3%;
Egito: 36,0%;
Sudão do Sul: 29,9%;
Gana: 21,6%;
Brasil: 13,4%
Brasil e Hong Kong iniciam testes de pagamentos internacionais com moedas digitais; Drex e E-KHD
30 de outubro de 2024.
A Autoridade Monetária de Hong Kong (HKMA) e o Banco Central do Brasil (BCB) anunciaram na tarde desta segunda-feira (28), uma parceria para testar a integração de suas moedas digitais de banco central (CBDCs) em operações transfronteiriças.
A colaboração, estabelecida sob o Projeto Ensemble e o programa piloto Drex, deve explorar a tokenização em transações internacionais, com foco em casos de uso para liquidação de pagamento versus pagamento (PvP) e entrega versus pagamento (DvP) em setores como o financiamento comercial e créditos de carbono.
O projeto foi anunciado como um novo capítulo na relação entre as duas instituições, que já haviam firmado um Acordo de Cooperação em 2018, com o objetivo de fomentar a inovação em serviços financeiros em seus respectivos mercados.
O Ensemble Sandbox, lançado pela HKMA em agosto, atua como uma plataforma experimental para CBDCs e ativos tokenizados, focando em áreas como fundos de investimento, gestão de liquidez, finanças verdes e sustentáveis e comércio exterior
O presidente do HKMA, Eddie Yue, afirmou que a parceria é resultado de uma visão compartilhada para o futuro do mercado financeiro.
“A semente da colaboração entre a HKMA e o BCB, plantada há alguns anos, agora floresceu. O Projeto Ensemble tem tudo a ver com colaboração com parceiros da indústria para avançar o mercado de tokenização”, destacou.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, ressaltou a importância de iniciativas transfronteiriças. “A colaboração com a HKMA é um passo importante nesta nova fase na construção da Drex. Conectar duas jurisdições em lados opostos do globo é simbólico e essencial para um mercado financeiro global mais integrado”.
Moeda única?
Existe uma expectativa crescente de que as moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) sejam integradas globalmente no futuro, permitindo uma rede interconectada para facilitar pagamentos internacionais.
Bancos centrais ao redor do mundo estão testando modelos de integração em sistemas “cross-border” para permitir transações instantâneas entre diferentes moedas digitais.
Com esses testes, os Bancos Centrais querem tornar as transações entre países tão fáceis e instantâneas quanto enviar dinheiro via PIX.
A infraestrutura para conectar essas moedas deve depender de protocolos padronizados e de cooperação entre países, visando assegurar a interoperabilidade, segurança e conformidade regulatória.
No entanto, o conceito também é promovido por outras entidades, como o Banco de Compensações Internacionais (BIS) e o FMI (Fundo Monetário Internacional), que veem nas CBDCs uma oportunidade para melhorar a eficiência do sistema financeiro.
Essas organizações defendem uma abordagem colaborativa entre bancos centrais, regulamentadores e instituições financeiras para garantir a interoperabilidade e os padrões de segurança e conformidade necessários para uma rede global de CBDCs.
Investidor que tentava vender ouro físico finalmente consegue (uma semana depois e com 4,6% de deságio)
Mises Capital, o investidor entusiasta de Bitcoin anônimo do Twitter, finalmente conseguiu vender o ouro físico que tinha em mãos. Na semana passada, após desafiar os investidores de ouro acerca da liquidez do metal precioso, somente recebeu propostas com deságios de 30%. Portanto, validando o ponto de Mises, de que ouro ao menos no Brasil não é líquido e portanto uma péssima reserva de valor para casos de emergência.
A venda de 1,5kg do ouro teve um deságio de -4.6% do grama. Conforme conta em seu X, antigo Twitter, o preço de tela era de R$ 501,00, e a venda aconteceu a R$ 478,00. “Foi sofrido mas deu certo. A sala era blindada”, escreveu Mises Capital.
Apesar disso, muitos apontam os custos de transação, e o fato de que o deságio que Mises tomou na cabeça foi pouco por ter um grande alcance e rede de contatos. O investidor com menos acesso a contatos provavelmente ficaria com o deságio de 30%, supôs um dos usuários nos comentários.
Além disso, vale ressaltar a diferença de liquidez entre o ouro físico e o ouro de papel. Isso é, o ouro que negociam em bolsa de valores por meio de ETFs e ativos derivados do preço do metal precioso. Vale lembrar também do próprio criptoativo XAUt, uma criptomoeda com paridade ao ouro que a Tether emite em blockchain.
Relembre o caso de Mises Capital e o ouro físico
Na semana passada, o investidor de Bitcoin desafiou os investidores de ouro, e principalmente a tese de que o metal precioso é um ativo de proteção em casos de emergência. Foi quando publicou que detinha em sua posse 1,5kg de ouro, comprado na B3 e retirado lacrado no Banco do Brasil.
Ele colocou à venda em troca de Bitcoin ou moeda fiduciária (fiat). O caso ganhou tração e o ponto de Mises Capital é justamente a falta de liquidez, por isso a dificuldade em transformar o ouro em dinheiro ou ativos digitais sem sofrer uma grande perda no valor
Quanto mais leio sobre o Drex, menos quero sua implementação’, afirma deputada
28 de outubro de 2024.
O futuro do dinheiro físico está em jogo, pois cada vez mais países ensaiam formas de abolir seu uso. No Brasil, a discussão sobre o Drex, moeda digital planejada pelo Banco Central, está ganhando força, assim como o apoio ao projeto. Contudo, uma deputada decidiu comprar a briga e tentar impedir a implementação do Drex como uma CBDC.
Trata-se da deputada Federal Julia Zanatta (PL/SC), que criou o Projeto de Lei N.º 3.341/2024. De acordo com a deputada, o PL não visa impedir o progresso do Drex, mas sim impedir a extinção do papel moeda. Com isso, a moeda digital não teria o monopólio como meio de troca no Brasil.
Na última quinta-feira (24), Zanatta deu uma entrevista ao Morning Cripto, canal diário conduzido por Edilson Osório Jr, fundador da startup OriginalMy. Durante a entrevista, a deputada falou sobre os riscos do Drex, sua opinião a respeito dele e também explicou mais detalhes a respeito do seu projeto.
Contra o fim do dinheiro físico.
No início da entrevista, a deputada Júlia Zanatta explicou a origem da sua luta contra o Drex em um projeto de teor oposto ao seu. O PL 4068/2020 criado pelo deputado Reginaldo Lopes (PT/MG) prevê a extinção do papel moeda em cinco anos, visando uma completa transição para o Drex.
Este PL ainda não foi aprovado, mas recebeu um apoio considerável entre os deputados – com exceção de Zanatta. Preocupada com os impactos dessa medida, a deputada protocolou oPL 3.341/2024, que proíbe a eliminação do dinheiro físico.
Já Osório questionou os riscos de longo prazo da moeda digital. “Hoje estamos em uma democracia, mas amanhã, com a transição de governo, não sabemos se esse tipo de poder será bem utilizado ou mal utilizado”, afirmou.
A maior preocupação da deputada é o controle, por parte do estado, que o Drex proporciona. Zanatta afirma que com a nova moeda, o governo poderá acompanhar em detalhes as transações de cada cidadão, eliminando o anonimato e, potencialmente, restringindo a liberdade de escolha.
Esse controle estaria nas mãos do Banco Central, órgão que poderia, em uma eventual crise ou mudança de governo, “bloquear saldos e até queimar valores diretamente da conta dos usuários”. De fato, vários diretores ligados ao Drex admitiram que o sistema pode incluir mecanismos como congelamento de fundos e travas contra saques.
O maior exemplo de implementação de uma CBDC é a Nigéria, citada por Osório durante a entrevista. No país, o governo impôs severas limitações ao uso do dinheiro físico para incentivar o uso da e-naira, o que gerou uma série de protestos e confrontos no país.
“Na prática, os mais pobres e desbancarizados — aqueles que não têm acesso regular a serviços bancários — foram duramente impactados. Sem o dinheiro físico, muitos não conseguem realizar transações básicas”, afirmou Osório. https://image.nostr.build/65067bd01f65488d8d0079a482838aa9addac04cdbed32596e0101ab5bd5135f.jpg
Elon Musk faz alerta sobre “emergência financeira” nos EUA e Bitcoin tem leve alta.
A Tesla, uma das principais empresas de Musk, detém 9.720 bitcoins em suas reservas. Embora esses R$ 3,8 bilhões sejam pequenos ao compará-los com a fortuna do bilionário, isso mostra que ele também vê o BTC como uma proteção.
Elon Musk, homem mais rico do mundo, fez um alerta neste domingo para uma “emergência financeira” nos EUA. Nas palavras do bilionário, é preciso cortar gastos para o país sobreviver.
Sua fala serve de apoio a Donald Trump, que o convidou para fazer parte de seu governo com um “Departamento de Eficiência Governamental”. Trump está concorrendo contra o atual partido no comando dos EUA nestas eleições presidenciais.
“E a realidade é que todo o gasto do governo é, na verdade, tributação. Todo gasto do governo é tributação.”
“Às vezes, as pessoas pensam que parte disso é tributação e parte não é, mas é tudo tributação, porque a parte que não é coberta pela receita tributária se torna inflação”, comentou Musk. https://image.nostr.build/da831e5aa5047f4f38e3a7701f97e941021eab38293ab25af8595733dffc5d6a.jpg
“Se nada mudar, as coisas ficarão feia”, diz investidor de Bitcoin sobre segurança da rede.
Duo Nine, fundador da YCC, está preocupado com a segurança do Bitcoin. Em suas palavras, “se nada mudar, as coisas ficarão feias”. Sua postagem já conta com mais de 1,8 milhão de visualizações e muita polêmica nos comentários.
O texto aponta que a ‘segurança do Bitcoin estará comprometida’ no futuro caso as pessoas não usem a rede do Bitcoin e, por consequência, não remunerem os mineradores.
“Conforme o Bitcoin se populariza, as taxas de rede substituirão as recompensas de bloco. Isso ocorrerá gradualmente ao longo de décadas. No entanto, um novo problema está começando a surgir”, escreveu o investidor.
Duo Nine, fundador da YCC, está preocupado com a segurança do Bitcoin. Em suas palavras, “se nada mudar, as coisas ficarão feias”. Sua postagem já conta com mais de 1,8 milhão de visualizações e muita polêmica nos comentários.
O texto aponta que a ‘segurança do Bitcoin estará comprometida’ no futuro caso as pessoas não usem a rede do Bitcoin e, por consequência, não remunerem os mineradores.
“Conforme o Bitcoin se populariza, as taxas de rede substituirão as recompensas de bloco. Isso ocorrerá gradualmente ao longo de décadas. No entanto, um novo problema está começando a surgir”, escreveu o investidor.
Na sua visão, o grande problema é a migração do BTC para outras redes. Como exemplo, ele cita o wrapped Bitcoin (wBTC) da BitGo, cbBTC da Coinbase, e o kBTC da Kraken.
Outro ponto mencionado é a chegada de Wall Street. No total, os ETFs já detém quase 1 milhão de bitcoins em suas carteiras, que deverão ficar parados por anos sem pagar nenhuma taxa aos mineradores.
Brasileiros mostram suas visões!
A postagem ganhou tanta tração no Twitter que até mesmo brasileiros escreveram suas opiniões sobre o assunto. Para Fabio Akita, isso poderia corroer a segurança da rede até o ponto em que um ataque se torne barato para algum governo.
“No pior caso, os mineradores param de existir e a rede começa a deteriorar até que o número seja baixo o suficiente pra alguém grande (governo?) conseguir tomar conta da maioria dos nós que sobrarem.”
Respondendo a Akita, Alan Schramm aponta que o ajuste de dificuldade do Bitcoin, feito a cada 2.016 blocos (~14 dias) deve resolver esse problema. Indo além, também aponta que outros dispositivos eletrônicos comuns poderão se tornar mineradores no futuro, contribuindo com a segurança.
“A maior parte dos “problemas” que o Bitcoin pode enfrentar são puramente hipotéticos […] arrisco dizer que os incentivos na mecânica de como funciona a rede Bitcoin beira a quase perfeição.”
O ajuste de dificuldades já existe pra isso, é bem interessante este tipo movimento pois vai totalmente de encontro com oq vinha falando os "críticos" do Bitcoin ao dizer que as taxas iriam subir absurdamente inviabilizando muitas coisas,
Fonte: https://livecoins.com.br/se-nada-mudar-as-coisas-ficarao-feia-bitcoin/amp/https://image.nostr.build/b5734d3d256121abeea4b06c1786998432783b1c74e8f0d435a9242fede9b3da.jpg
Softwar
Como a criptografia pode ser usada por indivíduos na guerra contra opressão do Estado.
Por Whitesnake,2024.
A primeira forma ao meu ver é usar a moeda privada a base da criptografia, descentralizada e com prova de trabalho que obviamente é o Bitcoin, dessa maneira há uma poderosa proteção contra ao imposto "inflação" diluição do poder de compra e sem contar um importante marco para um planejamento em relação a riqueza geracional. Os indivíduos estão sendo atacados por Estados mais poderosos e totalitários, somanando a isso a destruição da família, quanto a esse aspecto, a criptomoeda pode permitir a passagem de riqueza para gerações impedindo a extorsão estatal. Como os países estarão se tornando feudos e as massas serão os próximos vassalos, a estratégia de imigração com Bitcoin é extremamente importante para a liberdade dos indivíduos. Essa ferramenta monetária é benefíco, podemos agregar a isso a rede Noster que apesar de não ter prova de trabalho ela apresenta a descentralização e uma rede nativa criptografadas em Tor o que agrega uma forte camada de proteção. Segundo o livro de que me inspirei a prova de trabalho aliada com a criptografia são as armas mais modernas nas guerras futuras e assim como no passado que lutamos para ter acessos as armas devemos fazer o mesmo na nossa era e ter acesso as mais atuais.
Nos EUA, a constituição estabelece o direito as armas na atualidade deve ser o direito a criptografia e acesso a redes com prova de trabalho.
EconomiaA receita da Nova Zelândia para o mundo desarmar a armadilha fiscal de US$ 100 trilhões.
Publicado 1 dia atrás em 25 de outubro de 2024por Bloomberg
Tempo médio de leitura: 7 min https://image.nostr.build/90976c1e079d96baf446b3c690152dc11b714f247550524a39d0090438491475.jpg
A resposta? Um extremo makeover contábil para pressionar os governos por melhores práticas de governança.
No início da década de 1980, a Nova Zelândia estava à beira do colapso econômico. Dois choques no preço do petróleo haviam sobrecarregado o país com alta inflação, e os entraves de exportação ao Reino Unido – que havia aderido à Comunidade Econômica Europeia uma década antes – haviam cortado o acesso a um importante mercado consumidor.
Sucessivos governos neozelandeses agravaram o sofrimento com uma série de decisões equivocadas: distribuindo subsídios, concedendo acordos salariais inflacionários, controlando os preços na marra, mantendo as taxas de juros muito baixas e os impostos muito altos. O resultado foi um desemprego crescente e dívidas cada vez maiores. Por isso, não é de se admirar que alguns tenham apelidado a Nova Zelândia de “a Albânia do Pacífico Sul”.
No entanto, durante o restante daquela década, a Nova Zelândia se transformou em um dos países mais prósperos do mundo. Um novo governo trabalhista assumiu o poder em 1984 e embarcou em uma forma de terapia de choque que ficou conhecida como “Rogernomics”, em homenagem ao então ministro das Finanças, Roger Douglas.
O governo removeu os controles de câmbio, cortou subsídios, privatizou serviços e entregou a responsabilidade pela definição das taxas de juros a um banco central recém-independente. O principal, no entanto, foi: a Nova Zelândia introduziu uma abordagem contábil diferente ao longo de toda a administração pública.
É impossível separar o impacto exato de cada uma dessas políticas. Mas Ian Ball, ex-funcionário sênior do Tesouro e professor de gestão de finanças públicas, defende que a reforma contábil foi uma das mais importantes. É sabido por todos que a contabilidade é um assunto notoriamente árido, mas a conclusão é importante.
A principal mudança foi a adoção do modelo que já é aplicado havia anos no setor privado – a chamada “abordagem baseada em accruals“. No lugar de uma visão de fluxos de caixa, como é comum nos governos do mundo todo olhando apenas o momento presente, o governo da Nova Zelândia adotou uma abordagem que traria os gastos futuros a valor presente. Isso forçou os departamentos a pensar a longo prazo e a maximizar o uso eficiente dos ativos.
Em um sistema baseado no dinheiro “aqui e agora”, a dívida só é contabilizada quando a pensão é paga, o que pode ocorrer anos no futuro. O governo tem pouco incentivo para fazer qualquer provisão para isso.
No entanto, com a contabilidade baseada em accruals, o custo do compromisso com a pensão deve ser registrado como um passivo quando o benefício é recebido. Isso levou o governo da Nova Zelândia, em 2001, a criar um superfundo para pagar as pensões futuras. Hoje, esse fundo de riqueza quase soberano é visto com inveja por países que gostariam de ter algo semelhante.
Como o custo passa pelos orçamentos anuais, há um forte incentivo para que os governos aumentem o valor de seus ativos gerenciando-os com eficiência. Em um sistema baseado no dinheiro em caixa não há esse incentivo, o que significa que o investimento de longo prazo é adiado e as gerações futuras são deixadas para pagar a conta quando os prédios caem em desuso e a infraestrutura desmorona. Isso lembra o Brasil?
Uma crise global da dívida
Com exceção dos quatro anos após a crise financeira global e o devastador terremoto de Christchurch em 2011, que causou danos equivalentes a 11% do PIB, o patrimônio líquido cresceu todos os anos até a pandemia.
O que se vê é uma mudança muito significativa. Tivemos duas décadas de déficits antes dessas reformas, mas quando elas entraram em vigor, por volta de 1994, tivemos basicamente uma tendência de fortalecimento do balanço patrimonial e aumento do patrimônio líquido. E ao fortalecer o balanço patrimonial, você também reduz a dívida.
Ian Ball, ex-funcionário sênior do Tesouro da nova zelândia e professor universitário em wellington
A dívida pública dos EUA está próxima de 100% do PIB e a projeção é de que aumente para 122% até 2034. Muitos países da zona do euro estão lutando para controlar dívidas e déficits para cumprir as regras da moeda única.
A situação em muitos países em desenvolvimento é ainda mais grave. Economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI) alertaram que a dívida pública global pode ser mais alta do que se sabia anteriormente e estar piorando, e que os países terão de fazer ajustes fiscais muito mais significativos para lidar com o problema.
De acordo com as últimas estimativas do FMI, a dívida pública global ultrapassará US$ 100 trilhões até o final deste ano, o que equivale a cerca de 93% do PIB global.
Diante desse cenário, os autores argumentam que esta solução poderia melhorar a produtividade do setor público, ajudando a aliviar a pressão sobre os governos sem dinheiro.
A contabilidade baseada em caixa avalia a propriedade com base no que você pagou por ela, menos a depreciação, sem referência ao valor de mercado atual. Porém, sem avaliações atualizadas dos ativos, a tomada de decisões do governo é feita no escuro. Um prédio deve ser reformado ou vendido? Quanto o Estado deve cobrar por seus serviços?
Uma rede rodoviária, por exemplo, é um ativo público valioso. Mas, em um sistema baseado em dinheiro, não há incentivo para gerar dinheiro a partir dele, seja por meio de pedágios, preços de estradas ou algum outro mecanismo.
Desse aprendizado, o que pode ser aplicado no Brasil?
Muitas das reformas da Nova Zelândia na década de 1980 seguiram uma tendência intelectual mais ampla. Como o tamanho dos Estados modernos cresceu em meados do século XX e suas atividades se tornaram mais complexas, ficou claro que eles precisavam de uma gestão mais profissional.
A escola da Nova Gestão Pública, que emergiu da academia e dos think tanks, principalmente nos países anglófonos, defendeu a adoção de abordagens comerciais focadas no cliente para instituições de serviço público semelhantes às usadas no setor privado. A contabilidade de accrual era vista como fundamental para isso.
Mas, segundo os especialistas, a preparação das contas com base em accruals é apenas uma etapa. As contas também precisam ser usadas como base para a tomada de decisões, caso contrário, não terão impacto.
Isso pode explicar por que nenhum país ainda adotou totalmente o modelo da Nova Zelândia. Para os políticos, a contabilidade transparente traz consigo uma maior responsabilidade, já que as pressões da dívida de longo prazo tornam-se impossíveis de esconder e as compensações mais difíceis de serem evitadas.
Para os funcionários públicos, uma mudança nos sistemas contábeis significa transtornos e o risco de que as habilidades que atualmente são altamente valorizadas se tornem obsoletas. Um orçamento nacional baseado em accruals seria uma ferramenta valiosa para um governo honesto e transparente. Mas qual político corajoso quer fazer isso?
De acordo com o jornal, as autoridades norte-americanas estariam investigando uma possível violação por parte da Tether das leis do país contra lavagem de dinheiro, além de possíveis violações a sanções impostas contra outros países. As violações teriam ocorrido por meio da liberação de uso da USDT por investidores que realizaram as práticas ilegais. https://image.nostr.build/c2484360461cb9cc68f2b7554bc5ebdd4ddce3fe979b22412a2ba9d3347ad9a2.jpg
Concordo!
Muita mídia.
Eu acredito que a IA é realmente interessante e acho que ela vai mudar o mundo. E, ao mesmo tempo, odeio tanto esse hype que eu realmente não quero seguir por esse caminho.
Então, minha abordagem atual para a IA é, basicamente, ignorá-la, pois acho que toda a indústria de tecnologia ao redor da IA está em uma posição muito ruim. É 90% marketing e 10% realidade.
Em cinco anos as coisas vão mudar. E, nesse ponto, veremos a IA sendo usada todas os dias para cargas de trabalho reais em vez de apenas [coisas como o] ChatGPT, que faz grandes demonstrações e está, obviamente, sendo usada em muitas áreas, como design gráfico, mas eu realmente odeio esse ciclo de hype.
Linus Torvalds https://image.nostr.build/db1425585a11510b807574b9972c7ebb0d988a7c706ec31b5eb9d2bc5bc3f773.jpg
O miserável é um gênio.
O que Criptojacking?
O criptojacking é um tipo de ataque cibernético em que criminosos exploram dispositivos de terceiros, como computadores e servidores para realizar mineração de criptomoedas.
No caso identificado nos sistemas da Anvisa, os invasores utilizaram uma vulnerabilidade para instalar um software que executa essa mineração, utilizando os recursos computacionais da agência sem que ela soubesse.
A mineração de criptomoedas é um processo que demanda alto poder de processamento para resolver complexos cálculos matemáticos, resultando na geração de novas unidades de criptomoedas, como Bitcoin ou Monero.
Quando os hackers realizam o criptojacking, eles não roubam diretamente informações ou dinheiro, mas utilizam a infraestrutura da vítima para minerar moedas. Isso pode sobrecarregar os sistemas atacados, causando lentidão, aumento no consumo de energia e danos aos equipamentos.
No caso de instituições públicas como a Anvisa, essa atividade também pode prejudicar a operação de serviços essenciais. https://image.nostr.build/5f0d339e3f553b468aa96106131f2ff3fcd8e5b1c6d7794ba7103b1f52182d0f.jpg
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