Para mim, o cerne (o ponto alto) da escola austríaca é o retorno às ideias da escola escolástica de Salamanca. Economia não é ciência exata, não dá pra formular uma equação de controle e derivar dela os corolários (como Smith tentou fazer com o valor lastreado no trabalho e Marx retirou dele o corolário natural - para a lógica de Smith - da "mais valia"). Há um tom de subjetividade intrínseco a cada indivíduo que nos obriga a ver coisa como relacionamentos entre pessoas, além de pura lógica matemática. É o simples, porque reconhece que o todo é extremamente complexo. E, de modo geral, tudo que eles falam, os escolásticos, como Tomás de Aquino e Bernardino de Siena, já tinham falado antes deles.
O seu sobrenome é o seu principal ativo, o Nome da sua família é o hedge mais valioso para ter. O valor dele está lastreado no trabalho dos seus antepassados e no seu próprio trabalho.
A arquitetura está entrelaçada com o sentimento moral das pessoas. Não é à toa que as instituições bancárias modernas gostam de "se elevar", pra transmitirem 'fiduciae' e 'potentia'.
Uma parte considerável da dissolução moral moderna está atrelada a dissolução moral econômica, em uma economia baseada em usura e mentiras. Talvez a ligação seja mais complexa que simples causa-efeito, mas com o fim desse ciclo econômico-social moderno, com a queda de Roma, e adoção de políticas econômicas lastreadas em valor real pelas pessoas essas dissoluções morais diminuam.
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