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 Ventania acompanhada de 'pó preto' atinge Volta Redonda; imagens chamam atenção

 <img src="https://s2-g1.glbimg.com/LwboFDGFm9pGhtDD2ZCfIcpF1uA=/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/s/C/vgRBuSRVqNaLW3fgrN6w/whatsapp-image-2024-10-17-at-09.55.52.jpeg"/>     Caso aconteceu na tarde da última quarta-feira e atingiu vários bairros. Segundo os moradores, poeira trata-se de um pó lançado pela Companhia Siderúrgica Nacional. Ventania acompanhada de 'pó preto' atinge Volta Redonda; imagens chamam atenção
Poeira, fumaça e muita sujeira. Este foi o cenário visto em Volta Redonda (RJ) na tarde da última quarta-feira (16). Uma ventania acompanhada de "pó preto" que antecedeu a chuva atingiu vários bairros da cidade.
Vídeos e fotos que mostram diversos pontos do município cobertos por uma "cortina" de pó estão chamando a atenção e provocando a reclamação de muitos moradores nas redes sociais (veja acima).
"Ontem acabou sendo um dia bem caótico para nós moradores aqui de Volta Redonda, muito por conta desse vendaval que aconteceu no dia de ontem, somado à poluição por conta da siderúrgica", disse o morador do bairro Jardim Primavera, Thomas Marques.
"A gente que é morador aqui de Volta Redonda já está acostumado, de uma certa forma, lidar com esse pó preto no nosso dia a dia, mas com a ventania que deu ontem foi muito complicado. Então, mesmo com as janelas fechadas, janelas e portas fechadas acabou entrando muito pó pelas frestas e um caos", completou.
Em registros enviados por telespectadores para o WhatsApp da TV Rio Sul, os moradores alegam que a substância espalhada pelo ar trata-se do pó lançado pela Usina Presidente Vargas, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
Pó preto dentro de casa de morador em Volta Redonda
Divulgação/Thomas Marques
Procurada pela produção da TV Rio Sul, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) se pronunciou sobre o ocorrido em nota. Leia na íntegra:
"O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informa que acompanha, junto à Prefeitura Municipal e à CSN, a condição do ar em Volta Redonda desde ontem (16/10). Uma equipe de fiscalização esteve no local e o Inea adotará as medidas necessárias e cabíveis à situação.
Desde de agosto deste ano, seguindo as regras do Decreto Estadual Nº 48.668, o Inea acompanha a qualidade do ar da cidade, por meio do Programa Estadual de Monitoramento de Partículas Sedimentáveis, conhecido como "pó preto". Cada ciclo de coleta de amostras dura 30 dias, e as análises são feitas em parceria com o laboratório de Química Atmosférica da PUC-Rio", informou a nota.
O g1 entrou em contato com a CSN, que se pronunciou em nota. Confira: 
"Na tarde de ontem, 16 de outubro, uma tempestade atingiu a região Sul Fluminense, precedida por fortes ventos. Em Volta Redonda, as rajadas chegaram a 100 km/h, conforme registrado pela estação meteorológica no bairro Vila Santa Cecília.
O fenômeno causou a queda de árvores, deixou diversos pontos da cidade sem energia elétrica e varreu ruas em várias áreas do município. A Usina Presidente Vargas, da CSN, também foi afetada, resultando na dispersão de matéria-prima estocada em diferentes locais da usina.
Embora o evento tenha durado pouco tempo, as grandes dimensões da usina amplificaram o impacto visual das imagens geradas. É importante ressaltar que essas imagens não representam emissões atmosféricas, mas sim os efeitos do fenômeno climático sobre a matéria-prima.
A CSN tem intensificado o uso de polímeros em seus pátios de matéria-prima para evitar a dispersão de material, além de reforçar a limpeza de suas áreas e equipamentos, utilizando técnicas de rapel industrial, canhões de névoa, entre outras. No entanto, o fenômeno climático de ontem, somado a um longo período de estiagem, resultou em uma dispersão de material que foi impossível de ser controlada.
Em relação à qualidade do ar – que monitora partículas inaláveis invisíveis, que podem prejudicar a saúde da população – ela se manteve boa durante todo o período, apesar do impacto visual do evento", disse.
Assunto é pauta em sede do Inea
A ventania espalhando "pó preto" pela cidade foi pauta de uma reunião entre autoridades municipais e estaduais na tarde de quarta-feira em Volta Redonda.
A partir de uma solicitação do prefeito da cidade, Antônio Francisco Neto, o deputado estadual Munir Neto, o secretário municipal de Meio Ambiente, Anderson Silva, o secretário estadual de Meia Ambiente, Bernardo Rossi, participaram de uma reunião na sede do Inea no Rio de Janeiro.
Dentre as pautas discutidas, estavam o vendaval e a forte chuva que atingiram a cidade espalhando poeira (principalmente vinda da usina) pelo município. 
“Soube do que aconteceu em Volta Redonda nesta quarta-feira, da poeira que subiu com o forte vento e a chuva, o pó preto que voltou, e, atendendo a um pedido do prefeito Neto, viemos imediatamente cobrar o Inea agilidade na questão da fiscalização da poluição da CSN, para que isso acabe de uma vez, porque a população não aguenta mais”, afirmou o deputado Estadual, Munir. 
Inea permite, e CSN adia acordo para diminuir poluição
CSN consegue adiar acordo para diminuir poluição em Volta Redonda
A Companhia Siderúrgica Nacional conseguiu adiar o acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para diminuir a poluição em Volta Redonda. 
A empresa tinha até o dia 19 de setembro para modernizar equipamentos para emitir menos poluentes, mas não cumpriu medidas. 
Segundo o RJ2 da Globo Rio, o novo prazo acordado com o Inea é 2026. Esta é a quarta vez que a siderúrgica descumpriu com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). 
O TAC é um acordo que permite a uma empresa flagrada em irregularidades ou crimes se livrar do pagamento de multas pesadas ou sanções administrativas previstas em lei, desde que se comprometa a cumprir com as medidas estipuladas.
O documento, que foi assinado pela CSN em 2018, tinha como objetivo que a empresa cumprisse metas e prazos para reparar os danos causados e cumprir o que determina a lei.
Por não ter cumprido totalmente o TAC, a empresa foi multada no valor de R$ 7.545.179,38. 
Na ocasião, a CSN se pronunciou sobre o ocorrido em nota. Leia na íntegra:
Em nota enviada para a produção da TV Rio Sul, a CSN se pronunciou sobre o ocorrido. Leia na íntegra:
“O cumprimento de 92% dos itens previstos no TAC, considerando todas as restrições ocasionadas pela pandemia, representa um avanço inquestionável na questão. A informação de que a solução para as emissões só estará disponível em 2026 não procede. Todos os três precipitadores das sinterizações mencionados na reportagem já foram contratados. Um deles está em fase de conclusão, enquanto os outros dois encontram-se com as obras em andamento. Além disso, as sinterizações passaram por uma reforma abrangente, adequando as emissões aos parâmetros exigidos.
Inúmeras outras ações foram e estão sendo executadas, com investimentos que superam R$ 1 bilhão, muito acima dos R$ 300 milhões inicialmente previstos no TAC.
As imagens utilizadas na reportagem são antigas e não refletem a situação atual de Volta Redonda", informou a nota.
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https://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2024/10/17/ventania-acompanhada-de-po-preto-atinge-volta-redonda-imagens-chamam-atencao.ghtml