Para Aprender, a Mente Deve Estar Silenciosa Para descobrirem algo novo vocês devem começar a fazê-lo sozinhos; devem iniciar uma caminhada completamente desnudados, especialmente no que diz respeito ao conhecimento, porque é muito fácil, através do conhecimento e da crença, ter experiências; mas tais experiências são meros produtos da auto projeção, e como tal completamente irreais, falsas. Se quiserem descobrir por vós mesmos o que é o novo, não é bom carregarem o fardo do que é velho, especialmente o conhecimento — o conhecimento que têm do outro, por maior que seja. Vocês usam o conhecimento como um meio de proteção de vós mesmos, de segurança, e querem ter a certeza absoluta de que irão ter as mesmas experiências que teve Buda ou Cristo ou o senhor X. Mas alguém que está constantemente a proteger-se através do conhecimento não é, obviamente, alguém que procura a verdade... Nenhum caminho conduz à descoberta da verdade... Quando vocês querem encontrar algo novo, quando estão a experimentar o que quer que seja, a vossa mente tem de estar muito silenciosa, não é assim? Se a vossa mente estiver apinhada, a transbordar de fatos, conhecimento, eles funcionam como um impedimento ao novo; a dificuldade, para a maioria de nós, reside no fato de a mente se ter tornado tão importante, tão predominantemente significativa, que interfere constantemente com tudo o que possa ser novo, com qualquer coisa que possa existir em simultâneo com o que é conhecido. Assim, o conhecimento e o aprender são impedimentos para aqueles que procuram, para aqueles que tentam compreender aquilo que é intemporal. (A vida: 365 meditações diárias, Krishnamurti)