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 Advogada agredida por PMs com gás de pimenta e chutes em SC: o que sabe

 <img src="https://s2-g1.glbimg.com/2R9c2sDJ2ZrbPQy5C_dLUYmysYg=/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/f/X/85gUlVT8eijyb3vPIkfw/advogada-agredida-pm-sc.jpeg"/>     Aline Borges diz que foi chutada, atacada com gás de pimenta e imobilizada com joelho no pescoço, além de ter a mãe, que a tentava proteger, agredida igualmente. Caso ocorreu em Içara. Advogada e servidora do MP são agredidas por PMs estacionamento de mercado de SC
Uma advogada e a mãe dela foram agredidas por policiais militares em uma ocorrência no estacionamento de um supermercado em Içara, no Sul de Santa Catarina, no sábado (9). Um vídeo registrou a ação.
Nas imagens, é possível ver que os militares imobilizam a advogada no chão. Quase um minuto depois, ela é colocada no porta-malas da viatura. Enquanto a cena acontece, a mãe reivindica o tratamento dado à filha e leva um tapa no rosto (assista acima).
Aline Borges diz que foi chutada, atacada com gás de pimenta e imobilizada com joelho no pescoço, além de ter a mãe, que tentava a proteger, agredida igualmente. 
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Veja abaixo o que se sabe sobre o caso:
Quem são as vítimas?
Quem são os militares envolvidos?
Quando o caso aconteceu?
O que o vídeo mostra?
As mulheres ficaram feridas?
O que desencadeou as agressões?
O caso é investigado?
Como a ocorrência foi registrada pela PM?
Os policiais seguem trabalhando?
O que disse OAB/SC?
O que disse a PM?
1) Quem são as vítimas?
As mulheres agredidas são a advogada Aline Borges da Silva e a mãe dela, que é servidora do Ministério Público.
2) Quem são os militares envolvidos?
A reportagem não teve acesso aos nomes dos militares envolvidos e à defesa deles, mas procurou a Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc) e aguarda retorno.
3) Quando o caso aconteceu?
O caso aconteceu no sábado. Moradora do Rio Grande do Sul, Aline contou que estava de passagem por Santa Catarina.
Advogada e servidora do MP são agredidas por PMs estacionamento de mercado de SC
Arquivo Pessoal/Divulgação
 4) O que o vídeo mostra?
Em vídeo que o g1 teve acesso, uma das mulheres aparece caída no chão, gritando, enquanto está imobilizada por dois policiais militares. A outra discute com o outro agente, pedindo para que a filha seja solta. Outro PM chega e a confusão segue.
A mulher caída no chão é jogada na viatura e, antes do porta-malas se fechar, um dos agentes chuta a mulher e empurra a mãe dela. Por fim, o mesmo agente dá um tapa no rosto da mulher que estava fora do veículo. 
O g1 não teve acesso à íntegra do vídeo. 
5) As mulheres ficaram feridas?
Sim. Aline relatou ao g1 que foi chutada, atacada com gás de pimenta no rosto, imobilizada com um joelho no pescoço e chegou a perder uma unha ao ter os dedos torcidos pelos militares, além de ter a mãe, que a tentava proteger, agredida igualmente. 
Ela informou que foi à delegacia fazer exame de corpo de delito.
"Ainda estou digerindo a situação, estou extremamente fragilizada, tanto emocionalmente quanto fisicamente", disse.
Advogada e servidora do MP são agredidas por PMs
'Extremamente fragilizada', diz advogada agredida
MP abre procedimento extrajudicial
Advogada do RS sofreu lesões ao acompanhar ocorrência da PM em SC
Aline Borges/Arquivo Pessoal
6) O que desencadeou as agressões?
Ao g1, Aline explicou que viu uma abordagem policial feita pelos militares no mercado, e se aproximou para acompanhar o caso, conforme prerrogativa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Ela foi questionada sobre o que estava fazendo e, em seguida, atacada com gás de pimenta no rosto, sem justificativa. O namorado e a mãe dela tentaram intervir. Ele também foi atingido pelo gás.
"Após ver que minha mãe estava sendo extremamente agredida e que não chamariam a OAB pedi para ir à delegacia fazer exame de corpo e delito e prestar esclarecimentos de que não houve qualquer desacato ou desobediência, apenas a exigência dos meus direitos legais", afirmou.
7) O caso é investigado?
Uma investigação foi aberta pela Polícia Civil, e a Polícia Militar informou que abriu inquérito para apurar os agentes envolvidos.
Já o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) instaurou um procedimento extrajudicial próprio para apurar as agressões.
8) Como a ocorrência foi registrada pela PM?
A Polícia Militar relatou que os policias foram chamados após um desentendimento entre uma funcionária do mercado e um cliente que teria injuriado a trabalhadora. A ocorrência foi registrada como injúria ou comunicação falsa de crime. O relatório detalhado do que ocorreu não foi divulgado.
9) Os policiais seguem trabalhando?
A PM informou que os militares filmados continuarão trabalhando nas ruas enquanto aguardam a conclusão do Inquérito Policial Militar. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no entanto, havia pedido o afastamento dos investigados durante a investigação, mas não foi atendida.
Na quarta-feira (13), OAB informou que vai ingressar com pedido judicial para afastamento dos militares, caso o pedido não seja acatado pela corregedoria.
10) O que disse OAB/SC?
Em nota, a OAB-SC afirmou que pediu ao Comandante do Batalhão da Polícia Militar, Aurélio Pelozato, o afastamento dos policias envolvidos na ocorrência "para que a responsabilidade seja devidamente apurada e os envolvidos responsabilizados, além da apuração completa de todos os fatos".
A PM não respondeu sobre o afastamento, mas afirmou que os envolvidos na ocorrência estão sendo investigados por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM).
11) O que disse a PM?
1. Na noite deste sábado, 9, guarnições da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) do 29° Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Içara, foram acionadas para atendimento a uma ocorrência de injúria ou comunicação falsa de crime em um estacionamento de um supermercado, onde a princípio uma funcionária de um supermercado e um cliente haviam se desentendido. Este estaria supostamente injuriando a trabalhadora.
2. As atitudes dos policiais estão sendo investigadas ao deterem duas mulheres que se envolveram durante o atendimento da primeira ocorrência. Elas acabaram sendo conduzidas à Delegacia de Polícia Civil, juntamente com as outras partes da primeira ocorrência.
3. Um Inquérito Policial Militar foi instaurado pelo Comando do 29º BPM para apuração dos fatos.
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