@ab11dda5 sim, há isso. Percebo a questão da paralisia. Eu não vejo como possa ser possível o combate sério às alterações climáticas sem uma alteração radical do estilo de vida e com cedências que ninguém, realmente ninguém, está disposto a fazer. Como tal, respondemos professando a nossa fé no Deus da inovação tecnológica, substituindo equipamentos mais poluentes por outros que, supostamente, o são em menor grau mas sempre, sempre, produzindo mais consumindo e mais.
@cdbe38bd e eu concordo totalmente, e no entanto talvez fosse possivel com um pocuo menos de comodismo
@cdbe38bd @ab11dda5 Não acho realista a ideia das pessoas na Europa aceitarem uma diminuição significativamente da sua qualidade de vida por questões ambientais, sem contar o resto do mundo que tem o direito de melhorar. A transição tem custos e só os países mais ricos numa 1ª fase podem pagar. Portugal vai ter 80% da eletricidade via renovável em 2026 e 90% em 2030. Descarbonizar o resto é mais lento, mas também não podemos ter um discurso do "nada está a ser feito". É muito desmobilizador
@cdbe38bd @ab11dda5 Há ainda opções na mesa para reduzir substancialmente emissões com mudanças que não vão prejudicar a qualidade de vida, pelo contrário. Uma delas é trabalhar de casa sempre que possível para reduzir substancialmente as emissões dos transportes em deslocamentos diários para trabalhar. Nem todas as actividades o permitem, mas muitas permitem e a redução é substancial para quem trabalha de casa. É uma questão de vontade. O governos podem escolher proteger essa possibilidade para quem quer, em vez de permitir às empresas forçar quem não quer a deslocar-se diariamente a um escritório. Quem ganha com isso para além dos proprietários das propriedade comercial nos centros das cidades, e o ego dos gestores? Falta a consciência na população para entender que estas são as opções fáceis que temos agora, e para exigir aos governantes que trabalhem com a realidade em vez de com o que eles acham que queremos ouvir.