Eu uso o Nostr como um diário público e aberto. Escrevo para mim mesma e para o meu eu de amanhã, não para seguidores. Portanto, de antemão, peço desculpa a todos pelo possível “soco no estômago” que esta nota poderá causar em alguns.
Eu me sinto asfixiada, oprimida e sufocada o tempo inteiro, por tudo e todos, inclusive pelo próprio Estado. Quando morava no Rio, sentia-me compelida a usar o vagão feminino para não sofrer assédio no Metrô. No trabalho, meu chefe me sufoca até a asfixia com prazos curtíssimos para que eu lhe entregue projetos extremamente complexos e trabalhosos, que demandam tempo de criação. O meu namorado se dá ao trabalho de me ligar lá de Bremen, na Alemanha, e ficar por mais de duas horas ao telefone só me dando esporro e me chamando de “hündin” (sim, “hündin” significa “cadela” ou “vadia” em alemão). Por fim, a religião me oprime com dogmas que só me trazem culpa e contrição.
Ontem, eu estava olhando pela janela do meu quarto (oitavo andar) e pensando se valeria mesmo a pena continuar a viver sem Benjamin, se valeria a pena todo o esforço de recomeçar a vida do zero ao lado de outro alguém, o trabalho de conhecer um novo rapaz novamente, passar por todo aquele “game” da conquista outra vez. Acho que não, sem Benjamin eu prefiro morrer. Sei que Deus me receberá de braços abertos como boa filha que sempre busquei ser.
24/08/24
Luiza A. E.