https://video.nostr.build/e131983302757f489f25b717cc78179a9dc628eb87d4d85bb791e23eb7b88cf9.mp4 Esquete de 40 anos atrás, não envelheceu quase nada. Só trocar "Nicarágua" por "Palestina" que parece novo. Lamentavelmente, a ignorância e a truculência só se tornaram mais comuns nas ciências humanas, sequestrada irremediavelmente por ideologias de esquerda. Quem acha que o maior problema de entrar em um curso de humanas é conseguir emprego, não entendeu. Desempregado e sem dinheiro você pode ficar com qualquer diploma. O custo sua sanidade mental. Não exagero. Sim, já há mais de 40 anos atrás havia figuras idênticas ao Washington do tempo em que a Globo fazia algo engraçado. Mas ainda existia algo de sério, rigoroso (mesmo que não exato) em bons cursos de letras, história, filosofia. Nem tudo era sobre política e militância, havia um valor pela erudição, pela lógica e clareza das ideias, pela língua. Hoje a academia é terra arrasada. O divórcio com a realidade deflagrou a deturpação da razão de ser da academia, seu valor principal: de uma instituição antiquíssima, dedicada à preservação do saber e às novas descobertas, para um picadeiro de histéricos pela "justiça social" e "proteção das minorias". As ideologias pós-modernas, popularizadas pelos charlatões do marxismo ortodoxo (o terraplanismo da economia) e pós-modernismo francês, que acrescentou minorias ao proletariado e inventou formas de opressão como "patriarcado" e "relativismo linguístico cultural". Ainda havia algo de sério à parte, a filosofia resistia (e de certa forma, ainda resiste) clivada em analítica e continental. A analítica é a parte que tem alguma seriedade. Ou tinha. Embora o termo continental, originalmente, seja uma expressão britânica para aquilo que é próprio da Europa excluindo a Grã-Bretanha; no presente século são as universidades Ivy League dos EUA e charlatões americanos (ironicamente) como Judith Butler que mais são ativos em exportar bosta para os centros de ciências (des)humanas do restante do mundo. Suas ideias relativistas, redigidas de forma obscurantistas e confusas, engendraram o moderno movimento woke, que de várias maneiras é pior ainda. Mais dogmático que relativista, uma religião macabra que agora contamina toda a sociedade. Cada vez mais este câncer em metástase se multiplica. A primeira denúncia qualificada de que algo andava muito errada - o menino gritando "o rei está nu" - é de 1997, quando o físico Americano Alan Sokal submeteu um paper só de baboseiras, sem sentido, mas usando e abusando do jargão, da linguagem opaca e fazendo citações aos ídolos. A revista à qual ele submeteu a paródia (sem avisar que era uma paródia) era uma revista de ciências sociais de alto estrato. Publicaram. Até pediram para Sokal fazer algumas revisões. Ele não fez e publicaram mesmo assim. A auditoria de Sokal (assim a chamo) foi um choque de realidade. E não pense que eles ficaram mais espertos. O estudo foi mais recentemente replicado, em proporções muito maiores, com vários textos apócrifos sendo encaminhados para diferentes revistas, como você pode ler no texto abaixo, traduzido por Eli Vieira elivieira@bipa.app https://www.xibolete.org/p/estudos-fraudulentos