Iphan aprova tombamento definitivo do Complexo do Ibirapuera, na Zona Sul de SP https://s2-g1.glbimg.com/ecrTQEnLaa14v6kEiw4eRkwY-18=/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/P/n/7uiwl5QaCuxQ2rUoaGrA/32430791461-54d7b3d837-k-1-.jpg Decisão ocorre após tentativas do governo de SP de transformar local em arena e shopping center. E, mais recentemente, ter a pista de atletismo destruída para um evento de automobilismo. Com a decisão, áreas do complexo não poderão ser destruídas, demolidas ou danificadas sem autorização prévia do Iphan. Ginásio do Ibirapuera, na Zona Sul de SP Governo de Estado de SP O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou nesta terça-feira (12) o tombamento definitivo do Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, onde fica o ginásio do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo. O Iphan entrou com o pedido de tombamento do local em dezembro de 2020. Um ano depois, ele foi tombado de forma emergencial para evitar danos à sua integridade. Com a decisão, as áreas do complexo não poderão ser destruídas, demolidas ou danificadas. O tombamento abrange: Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro; Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo; Estádio Ícaro de Castro Mello; Ginásio Geraldo José de Almeida. Os edifícios são os mais antigos do complexo, que foi construído entre 1930 e 1950. Ficaram fora do tombamento outras edificações do complexo, como o Palácio do Judô, a moradia de atletas do antigo Projeto Futuro e as quadras externas de tênis, que não têm valor arquitetônico significativo. Flávia Brito do Nascimento, relatora do processo, afirmou na decisão que o complexo agrega valores arquitetônicos, sociais, afetivos e carrega a memória de grandes eventos esportivos e shows. O tombamento permite que o local seja restaurado e modernizado, em caso de necessidade, com autorização prévia do órgão de proteção. Disputa com o governo de SP Projeto do governo de São Paulo para a modernização do Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, no Ibirapuera, Zona Sul de São Paulo. Reprodução O Iphan e atletas entraram em uma disputa pela proteção do complexo com o governo de São Paulo nos últimos anos. O ex-governador João Doria (sem partido) chegou a planejar uma arena multiúso coberta, com capacidade para 20 mil pessoas no lugar do estádio de atletismo. Ele apresentou um projeto. O espaço também receberia dois edifícios comerciais, e o atual Ginásio do Ibirapuera seria transformado em shopping center. Na época, o Iphan entrou com um pedido de tombamento emergencial - que impediria que qualquer alteração no complexo até que o procedimento do tombamento oficial fosse finalizado. Na decisão do tombamento provisório pelo Iphan, Larissa Peixoto, presidente do instituto na época, certificou que as propriedades do Conjunto Desportivo, a partir da data do tombamento, "não poderão, em caso nenhum, ser destruídas, demolidas ou mutiladas". Doria chegou a dizer que a decisão do Iphan era “descabida” e disse que o complexo não tinha “valor arquitetônico que mereça ser mantido” como está, apenas “valor afetivo”. Já em fevereiro deste ano, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou um evento de automobilismo na pista de atletismo do Estádio Ícaro de Castro Melo. A pista chegou a ser destruída por um trator. A ação foi alvo de críticas e mobilização de atletas, e o governo cancelou o evento. Pista de atletismo do Complexo do Ibirapuera é removido por empresa de automobilismo https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/11/12/iphan-aprova-tombamento-definitivo-do-complexo-do-ibirapuera-na-zona-sul-de-sp.ghtml