Eu já preocupava com isso desde os idos de 2013. Fiz alguns posts sobre isso no bitcointalk e no facebook. Mas nunca cheguei a conclusão final sobre o assunto.
A questão de sucessão é complexa. Se vc preparar uma carteira para sucessão, ela não serve pra ser usada no dia a dia, e vice versa. As opções que eu levantei para sucessão são:
1- Carteira fria simples, escondida em cofre, com instruções de só ser aberta em caso de morte. (problemas: alguem que tenha acesso pode passar a perna nos demais herdeiros e abrir antes)
2- Carteira multiassinada por todos os herdeiros (problemas: se um dos herdeiros perder a chave, os bitcoins se perdem)
3- Carteira multiassinada pelos herdeiros, mas que precise de apenas n-1 ou n-2 assinaturas, minimizando o problema de perda de chaves, mas ainda com risco.
4- Carteira multiassinada com escrow externo, exigindo sempre uma chave de escrow + 1 chave de herdeiro. (problema: encontrar escrow confiável)
5- deixar os BTC em um banco ou exchange e deixar para eles cuidarem da sucessão de acordo com a lei vigente (heuheuheuheu, precisa explicar os problemas?)
pensei numa 6a opção agora, que não era viável na época, mas agora com taproot é viável:
6- Smart contract que permite que o dinheiro seja gasto pelo proprietário em qualquer tempo, ou pelos herdeiros após 6 meses. Precisa ser renovado regularmente, como prova de vida. (problema: pode levar 6 meses para que a pessoa tenha acesso a herança)
Alias, alguem poderia implementar isso direto em uma carteira hein? A carteira ja renovaria o smart contract cada vez que vc movimentasse a grana.
Enfim, mais um textão. esse problema é hard. e vai depender de cada um.