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 Atletas de até 70 anos vivem clima de superação e rivalidade em campeonato de vôlei adaptado em SP; entenda

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     Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, é sede das finais da Superliga estadual, que reuniu mais de 3,5 mil atletas. Mesmo com fundamentos diferentes, esporte exige raciocínio rápido, dizem participantes.   José Carlos Walter tem 72 anos, mora em Salto (SP), mas neste fim de semana teve um compromisso importante em Ribeirão Preto (SP) como integrante de uma das equipes finalistas da Superliga Estadual de Vôlei Adaptado, um esporte com regras próprias que proporciona a pessoas acima dos 40 e 50 anos, ou mais, uma experiência de socialização, superação e, claro, rivalidade em quadra.
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"Quem vê de fora acha 'ah, joguinho simples', mas é bem competitivo, e é difícil, a pessoa tem que ter um raciocínio rápido, reflexo também, então exige muito, e é muito gostoso", diz José Carlos Walter.
Em Ribeirão Preto, cerca de 3,5 mil atletas de 80 cidades se reúnem até este domingo (20) para disputas em categorias femininas e masculinas que variam por idade, todas acima dos 40 anos. 
Atletas da terceira idade disputam campeonato de vôlei adaptado no interior de São Paulo
Tiago Aureliano/EPTV
O vôlei adaptado, que inclusive conta com uma confederação brasileira própria, a CBVA, tem semelhanças com o vôlei convencional, mas as regras variam de acordo com as necessidades e limitações dos participantes. A característica principal desse estilo é a leveza com a qual os jogadores encaram seus desafios. 
"É maravilhoso, muito, muito, não tem explicação", afirma Daniele Silva, de 45 anos.
Em determinadas partidas, fica proibido o salto para repassar a bola ao time adversário, a fim de evitar impactos prejudiciais às articulações. Além disso, também há a possibilidade de realizar o saque por baixo.
O número máximo de toques pode chegar a seis e é permitido que a bola toque o solo antes de ser recebida. Na recepção da primeira bola, aliás, o atleta pode agarrar com as duas mãos mesmo e até "pipocar". O árbitro Eberteago da Silva explica o que é isso.
"Pipocar é quando você não consegue ter o domínio da bola, então ela pipoca, mas no momento em que você segurou e estabilizou você já não pode mais andar com a bola, então você tem oito segundos pra passar ou arremessar a bola", afirma.
Vôlei adaptado reúne atletas da terceira idade em Ribeirão Preto (SP)
Tiago Aureliano/EPTV
A amizade e a socialização permeiam as disputas, o que não significa a falta de empenho em quadra.
"Aqui além de muita energia, vontade e mobilidade, o que ajuda o pessoal da terceira idade a sair de estado de depressão, isso é muito bom pra elas, ajuda bastante a parte social. (....) Quem é vencedora? O time todo, sem dúvida, é isso que faz o grande esporte, é a turma", afirma a ex-jogadora de vôlei profissional Carol Dias, que hoje atua como técnica da terceira idade.
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