A terceirização de tudo: "Você não terá nada..." Creio que a sociedade está sendo treinada para ser cada vez mais dependente e infantilizada e desde a infância... Seja através de alimentações "infantis", saborizadas ou energéticas e outros padrões de consumo baseadas em prazeres mais imediatos (jogos, filmes/séries, redes sociais), como pela substituição de relações diretas importantes por serviços. A não muitas décadas atrás no Brasil, crianças brincavam com arminhas de mentira, estilingue e etc, e até podiam trabalhar e pagar contas, e isso era muito bem visto. A partir da geração Y (millenials) isso mudou extremamente rápido, foram impedidos de trabalhar, se tornaram muito mais presos dentro de casa, foram impedidos de estarem sozinhos e muito mais limitados de agir, ou seja, totalmente dependentes dos pais e impedidos de fazer diversas coisas por conta própria, principalmente se fossem mais "arriscadas", "agressivas" ou remetessem a armas. Nesse momento a sociedade se tornou como nunca antes, um Estado policialisco e vigilantista. Não é atoa que as ultimas gerações desde a geração Y, são as mais emocionalmente instáveis, mais viciadas em tecnologia e em outros hábitos prejudiciais, e limitadas em várias atividades do dia a dia, embora também pela pressão da lei, das instituições e do políticamente correto. Por isso é cada vez mais difícil as pessoas interagirem e se relacionarem diretamente, isso quando realmente há relacionamentos. Todos estão sendo empurrados para o "undergound", para relações cada vez mais virtuais, anônimas e individualizadas, e estão se convencendo de que este é o nomal e a real saída, mesmo que nunca antes tenha sido assim. Vejo que essas são apenas ferramentas, e não a vida em si, apesar de muitos cada vez mais verem as distopias como aceitáveis, desejam um mundo "cyberpunk" ou algo parecido, mas se esquecem que estes são mundos fictícios foram construídos para mostrar um futuro que devemos evitar seguir a partir de hoje, e não algo ideal ou um manual de instruções. Fomos como sociedade ensinados a trocar os valores, as condutas clássicas e a liberdade, por mais dinheiro, conforto e menos responsabilidade. Estamos terceirizando tudo, e em países como o Japão e alguns países europeus isso é mais perceptível, terceirizam namorados, amigos e onde é legalizado, até o próprio suicídio. Mas a minha proposta de solução é até simples, apesar de não sermos capazes de controlar a maioria das coisas, sempre somos capazes de decidir sobre como lidar com elas, e isso começa por como vemos a realidade e a nós mesmos. Se as coisas estão piorando no sentido prático e moral, entender o passado pode ser uma dica de como as coisas deveriam continuar sendo e podem ser mudadas a partir de nós mesmos. Se as músicas, filmes, influências e padrões, em geral, do presente forem negativos e repeti-los não fizer sentido, o passado pode ter soluções, mas é importante ter cuidado para saber filtrar e também não cair na falácia tradicionalista de que tudo o que é antigo ou tradicional é melhor, ou mesmo que algo específico, e de fato excelente, do passado é 100% perfeito.