Empresário suspeito de dar golpe com empréstimos e causar prejuízo de R$ 740 mil às vítimas é preso <img src="https://s2-g1.glbimg.com/jGCtJtKPyjSauaqDUdq2wR8hB6c=/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/V/h/rLbSHSRKeQryvDMLvpIA/whatsapp-image-2024-10-17-at-17.03.00.jpeg"/> Esposa e cúmplice dele, Eryca Menezes Carneiro, de 31 anos, está foragida. Master Cred Promotora aplicava golpes em pessoas vulneráveis, como migrantes, idosos, indígenas e deficientes. Empresário tinha 28 boletins de ocorrência registrados contra ele PCRR/Divulgação O empresário Rodrigo Araújo Costa, de 27 anos, foi preso por estelionato nesta quinta-feira (17) por suspeita de aplicar golpe financeiro com empréstimos e causar prejuízo de R$ 740 mil às vítimas em Boa Vista. A esposa e cúmplice dele, Eryca Menezes Carneiro, de 31 anos, está foragida (veja foto mais abaixo). 📲 Acesse o canal do g1 Roraima no WhatsApp Em novembro do ano passado, o g1 mostrou que ao menos três migrantes venezuelanos que vivem em Boa Vista já haviam acusado a empresa dele, a Master Cred Promotora, de golpe financeiro. Juntos, os migrantes somavam um prejuízo de mais de R$ 16 mil. Entre as vítimas está um casal de migrante que usaria o dinheiro para custear o tratamento do filho, de 9 anos, no Rio Grande do Sul. Outro caso é de uma jovem, de 26 anos, que compraria uma cadeira de rodas e pagaria um tratamento para a filha, que tem uma deficiência física e intelectual. Migrantes acusam empresário de dar golpe com empréstimos e prejuízo ultrapassa R$ 16 mil em RR O esquema funcionava da seguinte forma, segundo as vítimas: 👉 O dono da empresa, Rodrigo, auxiliava as vítimas, que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a contratarem um empréstimo consignado; 👉 Com o empréstimo aprovado, ele convencia as pessoas a investirem o dinheiro na Master Cred Promotora, com a promessa de que receberiam um valor maior, ou seja, com juros; 👉 Após entregarem o dinheiro, a Master Cred Promotora teria um prazo de 7 a 15 dias para devolver os valores, o que não acontecia, relatam as vítimas. 🔎 O BPC é um benefício assistencial para pessoas com deficiência e idosos com 65 anos ou mais de baixa renda, situação que as vítimas se encaixam. O empréstimo consignado seria descontado diretamente no benefício recebido. As investigações sobre o caso iniciaram há dois meses atrás, de acordo com o delegado adjunto da Delegacia de Defesa do Consumidor (DDCON). A maioria das vítimas são pessoas vulneráveis, como idosos, indígenas e deficientes. O número total de ocorrências contra ele chegou a 28. “Algumas vítimas acionaram o Poder Judiciário na tentativa de reaver parte dos valores, mas sem sucesso até o momento. O investigado, em seu interrogatório, alegou que não conseguiu honrar com os pagamentos porque 'não tinha mais dinheiro', afirmando que o montante foi usado, em grande parte, para a compra de um veículo”, disse. Mandado de prisão Devido à gravidade das denúncias, o delegado representou pelo mandado de prisão preventiva contra eles, que foram deferidos pela Justiça. Ele será apresentado na audiência de custódia nesta sexta-feira (18). “Ele havia sido preso no dia 1º de agosto quando foi acusado de coagir uma pessoa idosa a assinar uma procuração. O alvará de soltura dele saiu ontem e hoje cumprimos o mandado judicial contra ele”, disse. Eduardo Patrício disse ainda que quanto a foragida Eryca, as investigações continuarão com o objetivo de localizá-la e cumprir o mandado de prisão em aberto. A equipe realizou diligências em Bonfim e na capital, mas não a encontraram. “Decidimos divulgar o nome dela e sua imagem, tendo em vista o fato de estar foragida e, assim, solicitar o apoio da população para localizá-la. As denúncias podem ser efetuadas ao telefone 095-98414-1629”, disse o delegado. Eryca Menezes Carneiro, de 31 anos, está foragida Divulgação Leia outras notícias do estado no g1 Roraima. https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2024/10/17/empresario-suspeito-de-dar-golpe-com-emprestimos-e-causar-prejuizo-de-r-740-mil-as-vitimas-e-preso.ghtml