Dólar se mantém firme antes da inflação dos EUA, bitcoin mira novas máximas 
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TÓQUIO (Reuters) - O dólar americano se manteve perto de um pico de 6 meses e meio contra os principais pares e o bitcoin estava solidamente posicionado logo abaixo das máximas recordes na quarta-feira, enquanto os mercados avaliavam as chamadas negociações de Trump antes dos principais dados de inflação dos EUA no final do dia. 
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O dólar está colhendo os benefícios da vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos EUA na semana passada, com os investidores precificando políticas de impostos mais baixos e tarifas comerciais sob a nova administração que são vistas como inflacionárias. [US/].

A negociação de Trump elevou os rendimentos do Tesouro dos EUA, enquanto os mercados apostam que o Federal Reserve pode moderar a extensão de seus futuros cortes de taxas [US/].

O Partido Republicano do presidente eleito parece pronto para controlar ambas as câmaras do Congresso quando Trump assumir o cargo em janeiro, projetou o Decision Desk HQ na segunda-feira, permitindo que ele promova uma agenda de corte de impostos e redução do governo federal.

O índice do dólar americano, que mede a moeda em relação a uma cesta de moedas, avançou 0,02% para 106,01, não muito longe da alta de terça-feira de 106,17, a mais forte desde 1º de maio.

O Bitcoin interrompeu sua subida recorde, caindo 0,23% para US$ 87.105,05 após atingir uma alta histórica de US$ 89.998 na terça-feira. Trump prometeu fazer dos EUA "a capital cripto do planeta".

Na quarta-feira, os investidores terão uma nova leitura sobre a inflação dos EUA quando o relatório do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de outubro for divulgado no final do dia. O indicador principal deve subir 0,3%, embora qualquer coisa acima disso possa reduzir ainda mais a chance de uma flexibilização em dezembro.

"O foco provavelmente mudará de volta para a inflação e a política do Fed na última parte da semana, mas se isso trará um desmantelamento das negociações de Trump ainda não se sabe", disse Charu Chanana, estrategista-chefe de investimentos da Saxo.

Os traders também estão lidando com novas incertezas para o Fed após a vitória de Trump, potencialmente deixando o banco central com menos escopo para cortar as taxas de juros se os preços subirem novamente sob a nova administração.

Os mercados atualmente têm cerca de 60% de chance de outro corte de um quarto de ponto-base precificado para dezembro, abaixo dos cerca de 84% de um mês atrás, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.

Os mercados receberam mais informações de autoridades do Fed, com comentários do presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, e do presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, na terça-feira, embora ambos tenham sinalizado que não estavam prontos para julgar quão rápido ou em quanto reduzir as taxas de juros.

O presidente Jerome Powell deve falar na quinta-feira, antes dos dados do Índice de Preços ao Produtor (PPI) dos EUA no mesmo dia e das vendas no varejo na sexta-feira.

O euro permaneceu sob pressão da incerteza política, já que a Alemanha, a maior economia do bloco, deve realizar eleições em 23 de fevereiro, semanas após o colapso da coalizão de governo do chanceler Olaf Scholz. Enquanto isso, os mercados estão avaliando potenciais tarifas de Trump contra a Europa, bem como a China.

O euro definhou perto de uma baixa de um ano de US$ 1,0596 atingida na terça-feira, e caiu 0,05% para US$ 1,061875.

A libra esterlina ficou estável em US$ 1,2746, sob pressão de um dólar amplamente mais firme.

A inflação no atacado do Japão acelerou em outubro, pois as novas quedas do iene aumentaram os custos de importação de alguns produtos, mostraram dados na quarta-feira, complicando a decisão do Banco do Japão sobre quando aumentar as taxas de juros.

O dólar subiu cerca de 0,17% em relação ao iene para 154,88 após tocar 154,934, seu maior valor em relação à moeda japonesa desde 30 de julho.

Em outros lugares, o Aussie, que tende a ser sensível às perspectivas econômicas para a China, permaneceu sob pressão, caindo 0,02% para buscar US$ 0,6531.

Os salários australianos aumentaram no ritmo anual mais lento desde o final de 2022 no terceiro trimestre em meio a um influxo de novos trabalhadores e uma redução na inflação, contribuindo um pouco para o caso de cortes nas taxas de juros.

(Reportagem de Brigid Riley; Edição de Shri Navaratnam)