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Voltando no fio principal, diante da tua escolha do pão como proxy do poder de compra DAS PESSOAS, eu achei que, em 1994, uma unidade de pão custava R$ 0,09 e, em 2022, custava R$ 0,85[1]. Na minha postagem original, eu estava comparando 96 como 2022, mas eu vou pegar esse dado de 94, pois não vai haver prejuízo e, sim, vantagem para a tua posição, pois houve inflação entre 94 e 96, logo, estou pegando o dado aumentado.

Agora vamos esquecer o salário mínimo, pois o trocamos pelo pãozinho, e dividindo nosso PIB de 885B pelos 102M de pessoas economicamente ativas em 96, teremos uma renda média anual de 8.7 K BRL, o que compra 96.7 K pães. Fazendo o mesmo para 2022, temos que 10T divididos por 131M dá uma renda média anual de 76.3 K BRL, o que compra 89,7 K pãezinhos. Isso é um empobrecimento? Sim. Mas de pouco mais de 7%, então, menos ainda do que os 17% que eu tinha calculado antes e o que confirma o que tinha dito na minha primeira tréplica.

Concluindo, embora o poder de compra DA MOEDA tenha diminuido, nossa renda média nominal aumentou. Não compensou, mas o empobrecimento do poder de compra DAS PESSOAS foi de 7%. Logo, reafirmo que não estamos tão mais pobres assim quanto esse tipo de postagem costuma sugerir, isto é: 80... 90% mais pobres, pois o poder de compra DA MOEDA não é, em última instância, o poder de compra DAS PESSOAS, a menos que elas ganhem, nominalmente, a mesma coisa. 

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FONTE:
[1] https://www.agazeta.com.br/es/economia/quanto-que-r-1-comprava-de-pao-ha-28-anos-e-quanto-paga-hoje-1022