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 Minhas senhoras e meus senhores, peço vossa indulgência para abordar uma visão ousada e controversa: a de que o imposto é, na essência, um roubo. Tal afirmação, que à primeira vista pode parecer excessiva, ganha ressonância na voz daqueles que clamam por liberdade e autonomia financeira, muitos dos quais veem no Bitcoin uma resposta.

No Brasil, essa questão adquire um contorno ainda mais dramático. Estima-se que trabalhamos cerca de cinco meses do ano apenas para pagar os impostos. Cinco meses de labuta incessante, cujos frutos são colhidos pelo Estado antes mesmo de podermos deles desfrutar. Uma coerção que, para muitos, se assemelha a um confisco arbitrário.

O imposto, essa exação estatal, é frequentemente visto como uma necessidade para manter a ordem e a estrutura da sociedade. Contudo, quando se torna excessivo, quando exaure os recursos do cidadão de maneira implacável, assume a forma de uma coerção injusta. O trabalhador, que labuta dia após dia, vê seus esforços drenados por uma maquinaria que, muitas vezes, pouco lhe retribui.

O Bitcoin surge então como um grito de liberdade. Nele, muitos enxergam uma forma de resguardar o fruto de seu trabalho, longe das garras de um sistema tributário que consideram predatório. É uma moeda que não conhece fronteiras, que se resiste à inflação e que, acima de tudo, protege o direito à propriedade.

Aqueles que proclamam que "imposto é roubo" encontram no Bitcoin um símbolo de resistência. Não se trata apenas de uma questão econômica, mas de uma luta por justiça e equidade. Que possamos, portanto, refletir sobre as implicações de nosso sistema fiscal e considerar as possibilidades que o futuro digital nos reserva.

Não há moral que resista ao estômago vazio. E talvez, para muitos, o Bitcoin represente a esperança de um amanhã onde a justiça fiscal seja mais do que uma utopia, mas uma realidade concreta.