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 A arte moderna, em sua essência, parece ter se tornado um amontoado de tentativas desesperadas de chocar e provocar, ao invés de buscar a verdadeira beleza e transcendência que outrora foram os pilares da criação artística. No lugar da busca pelo sublime, pelo equilíbrio e pela harmonia, o que vemos hoje é um desfile de esquisitices que parecem feitas mais para desafiar os limites da paciência do observador do que para emocionar ou inspirar.

Esculturas grotescas e pinturas abstratas que mais se assemelham a um acidente de tinta em uma parede mal pintada, são enaltecidas como grandes marcos de genialidade. Quem ousa criticar? É rotulado de ignorante, incapaz de compreender "o que o artista quis dizer". No entanto, o que o artista quis dizer parece ser, em grande parte, um grito vazio de rebeldia, sem propósito, sem substância. É a arte da provocação pela provocação, onde a beleza foi exilada e a técnica sacrificada em nome do "conceito".

O compromisso com a estética foi substituído pelo desejo de chocar. A feiura é celebrada como originalidade. A habilidade técnica, algo que antes era motivo de admiração, agora é irrelevante diante da "ideia", que muitas vezes é mais rasa do que um pires d'água. A arte moderna parece se orgulhar de ser ininteligível, de ser um enigma que nem mesmo o criador consegue decifrar. Prova disso que recentemente uma tal exposição foi confundida com lixo e então desprezada como tal.

Esse culto à decadência artística, à deformidade e ao caos, é um sintoma de uma sociedade que perdeu o rumo, que celebra o desconforto e o choque como se fossem virtudes, e esquece que a arte, em sua forma mais elevada, deveria elevar a alma, não arrastá-la ao nível do grotesco e do banal. Na arquitetura brasileira infelizmente formas desnecessárias e sem conexão com a história ou natureza locais são enfiadas no ambiente urbano só aumentando feiúra.