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 Essa é uma excelente pergunta.
Tenho dois palpites:

## O mais fácil
1 - Jesus quer assim, ele ensinou sobre o respeito e honra às autoridades civis, inclusive ele não foi em nenhum momento desrespeitoso com Herodes, Pôncio Pilatos e nem com o César Tibério. Com o ensino que Ele deixou, Paulo, sabendo que Nero ia cortar-lhe a cabeça e usar o dinheiro dos impostos para perseguir os cristãos disse para honrar o imperador e pagar os tributos. Nessa alternativa, provavelmente Deus quer que nos adaptemos desde aqui a sermos sujeitos a autoridade. Não passaria de parte da educação necessária para participar do mundo ideal.

## Probabilidade
2- Por causa da missão da igreja, falar sobre libertarianismo poderia ser um entrave para aceitarem o evangelho. A perseguição, que já existia só pelas questões de fé, seria muito intensificado e todos os cristãos seriam difamados como inimigos da ordem.
Esse raciocínio tem precedentes em questões como a escravidão, por exemplo, estava claro que o evangelho veio para libertar as pessoas e os conselhos de Paulo para um dono de escravos deixa claro que a intenção de Deus era alforriar todos os escravos, mas esse discurso poderia ser um obstáculo, imagine os senhores de escravos não querendo nem ouvir sobre Jesus porque ele já teria ouvido falar que para ser membro teria que libertar todos os escravos. E os eescravos, então? Iriam começar a se comportar de forma diferente, talvez exigindo a alforria, se recusando a trabalhar. Possivelmente os ricos se reuniriam e queimariam todos os cristãos.
A questão do libertarianismo pode ser, não estou dizendo que é, uma ideia  além do seu tempo que os apóstolos não puderam falar abertamente.
Mas minha consciência não adere à essa segunda opção. Pode me chamar de escravo por natureza, mas no final do dia somos só Deus, ela e eu, e quem deve lidar com pesos e dores da minha consciência é só eu mesmo.